quarta-feira, 17 de agosto de 2011

As aparencias realmente enganam


Uma vez, nos confins recônditos, dum beco muito pouco conhecido por população que na beira e no interior da cidade residem. Num, mas num beco mesmo, em que a população vive de produtos retirados da Terra, Terra essa mais bem nutrida que os indivíduos que nela os seus corpos desprovidos de aconselháveis massas corporais se apoiam, fazia parte dela porem, um Jovem Rapaz de olhar forte e brilhante como a luz do sol num deserto, com uma pele lisa, sensual, suave como se ele usufruísse de produtos cosméticos proveniente de uma cidade adjacente ao beco, um jovem que despertava em donzelas, senhoritas e senhoras e ate em jovens do mesmo género, um ar de conversa, palpites e não só elogios como a má falácia em relação a sua personalidade. Mas que personalidade? Perguntei-me quando com um ancião conversava, pois para mi, e para muitos outros, as aparências raramente revelam o estado espiritual, a alma, ou o verdadeiro “eu” de um indivíduo, as aparências não nos torna aptos de opinar sobre aquilo que é a verdadeira personalidade de um indivíduo, eis o que muitos dizem “não julgueis pela aparência” e eu redigo, não determineis a verdadeira personalidade de um indivíduo ou pessoa (como preferir), pela característica física da mesma, pois a verdadeira personalidade centra-se naquilo que chamamos de interior, da alma de um individuo, e alma, não encontra-se no físico, eis a razão de eu não acreditar no famoso “amor a primeira vista”. Mas, abstendo-me de opiniões pessoais, voltemos a aquilo que interessa, continuemos com os detalhes do jovem galã, jovem este que a sua sociedade o chamava de um estrangeiro perdido no tal beco. Será? E porque é que o “todo-poderoso” permite que assim o tratem? Mas, não interessa, pois, devemos contemplar das maravilhas que o todo-poderoso criou, da maneira que esta, e não critica-las. Pois conheci um outro jovem do beco em causa, que uma vês, pôs-se a questionar criticando o estado das coisas, armado em sábio, intrigado, questionou-se sobre qual a razão de uma maçaniqueira tão gigante dar frutos tão pequeno, mas tão pequeno quanto a maçanica? E uma aboboreira tão desprotegida, sensível e pequena pudesse dar um fruto tão gigante como a abóbora e não o contrario? Agora, imagina-te tu sentado, aproveitando uma doce sombra por baixo de uma massaniqueira e, ao invés de uma maçanica caísse uma abóbora em sua cabeça! Por isso, digo sempre aos amigos, Deus sabe “o por que” das coisas. E em relação ao tal Jovem galã, será que Ele também sabe das razões dos adjectivos que sobre ele recaíam? Eu digo de novo: Sabe sim! Pois alem de todas essas características que nos olhos dos Homens parece ser perfeita, o mesmo jovem não passava de um moribundo, aproveitador de raparigas, desonesto e avarento. Pois é, o que achas destas características agora? O mesmo jovem ainda continua a ter uma personalidade digna de se admirar em seus olhos? Se, eu continuasse pensando que sim, então me considerava um cego da alma, pois este encontra-se em pior condições “que um cego de olhos”, porque além da não puder ver a realidade física, não pode senti-la. Repare que num final de ano, apareceu neste beco, uma nobre donzela linda, que na primeira impressão dava a perceber que era a rapariga dos sonhos de muitos rapazes na altura, que através da sua aparência, deixava senhoras cobiçando-a como se fosse suas nora. Mas realmente, tratava-se de alguém que na altura chamavam de “chique”, com um olhar resplandecente, parece que comprava o oxigénio que respirava, uma donzela muito bem trajada com um andar de quem tivesse calçando sandálias bem novas e de elevado valor na cidade, um andar de como se não quisesse encostar a nutrida Terra. E o jovem, aproveitador de quase todas as raparigas do beco, atrevido, estava logo soltando charmes e olhares por cima da rapariga. Baseando-se naquilo que chamo de “poder de sedução”, conseguiu chamar atenção da nobre donzela e, desfrutou de bons momentos de conversa ao lado dela, conquistou sua amizade. Havia porém, um mistério! Ninguém sabia explicar a proveniência da tal donzela, de onde será que ela veio? Perguntavam-se as pessoas da região. Mas do outro lado, não se contentando apenas com a amizade, o nosso galã convidou a rapariga para um lanche num riacho bem próximo ao beco, convite aceite. Durante o lanche, no tal riacho que contemplava de um ar tranquilo, um ambiente calmo, o nosso galã tentou agressivamente desnudar a rapariga, com objectivos de praticar actos sexuais. Tentando resistir por muito tempo, a linda donzela (ate o momento), não resistiu e, o jovem galã com sucesso conseguiu arrancar os trazes da rapariga. Porém, um minuto depois de observar interiormente a rapariga de baixo para cima e vice-versa, o jovem tornou-se cego. Até hoje, nada sabe-se da, desde agora então, possível donzela. O nosso jovem galã, continua até aos dias de hoje cego e, encontra-se nos arredores de uma cidade (adjacente ao beco) mendigando. As perguntas que prevaleceram durante muito tempo naquele recôndito beco foram: o que será ou seria no seu interior a figura exteriormente ilustrada por aquela que aparentava ser a princesa do beco? Quem será, de onde veio e para onde foi a mesma? O que será que o jovem teria visto? Será que as aparências realmente enganam?
O que você pensa sobre isso?
E eu continuo me perguntando, ainda és um juiz das aparências? Ainda criticas as obras de Deus?

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